terça-feira, 8 de novembro de 2011

Jogo 17 - Olhanense, 0 x FC Porto, 0 - Uma nulidade!


A imagem da desilução, do mau ambiente: Palito de cabeça baixa, o treinador não aponta a direcção, aponta de forma difusa.

Difusa é como anda a equipa, como se tem percebido. Maus resultados, mau futebol, mau ambiente. A espiral tem sido negativa e em queda acentuada nos últimos 2 meses. Desde o dia 18 de Setembro que temos vindo a apontar para o problema futuro que o treinador se estava a tornar. Primeiro, apenas o Dragão. Então eu ainda dava um certo tempo para me mostrar que ele tinha aquilo que é preciso para treinar o FC Porto - infelizmente, foi por pouco tempo e 10 dias depois, na ressaca da derrota em S. Petersburgo, já apresentava dúvidas sobre VP.

Daí que neste momento simplesmente não perceba porque é que Pinto da Costa continua a segurar VP no cargo no ano do maior investimento da história do clube. Que depois de ganhar a Liga Europa, estava claramente a apostar numa época europeia fantástica. E, neste momento, nem superioridade clara a nível nacional tem, encontrando-se quase por mero acaso ainda na liderança da liga portuguesa e quase afastado da Liga dos Campeões a 2 jogos de terminar a fase de grupos...

Sobre o jogo, nem tenho nada a dizer. Foi tão fraco, tão mau, tão falho de ideias e futebol, que não há nada a dizer. Quando um treinador do futuro queira mostrar o que não quer do seu FC Porto, só tem de lhe mostrar este jogo - mau a defender, sem ideias no meio campo, não criando oportunidades de golo no ataque. Uma nulidade absoluta.

Os jogadores, como se vê bem na TV (e não é preciso ser em HD para, como dizia a publicidade, ver as olheiras deles) não estão bem psicologicamente - as derrotas, o mau futebol, as ideias atabalhoadas do treinador têm feito caminho no destroçar da equipa. O mau momento físico é também notório: a equipa não pode com uma gata pelo rabo. As opções do treinador também se têm mostrado desajustadas: a não inscrição de Walter, a não aposta em Alex Sandro ou Iturbe, a aposta em Kleber que tem de melhorar a recepção da bola para se poder afirmar na equipa sem que esta perca tantas bolas e obrigue o meio campo a um desgaste grande na recuperação delas, a constante troca de posição de alguns jogadores (Guarin nunca se sabe se é 6 ou 8, Moutinho já passou por todos os lugares do meio campo, James não se sabe se é extremo ou 10, as constantes alterações de centrais...) e a experimentação constante no 11 inicial são razões que concorrem, em conjunto com as anteriores, para o momento que apresentamos.

Agora, o que fazer?

Despedir ou manter VP?
Na minha opinião, este seria o momento ideal para renovar o comando técnico da equipa. Um novo preparador, um novo adjunto mais ligado ao clube e um excelente preparador físico teriam 2 semanas para "limpar" as mentes do plantel e inverter o percurso descendente que a equipa vem a tomar desde o empate em Santa Maria da Feira.
Cada dia que passa, é um dia a menos para esse trabalho ser feito e é um dia de vantagem aos adversários que oferecemos.
A manutenção deste treinador e restante equipa técnica irá levar à manutenção do actual estado de coisas. Poderá melhorar a espaços, mas não vai ser muito melhor que isto. Não me acredito que o treinador tenha capacidade para dar a volta à situação instalada. Não tem garra no discurso, não tem os jogadores do lado dele, não tem também boa parte do público do lado dele.

Eu, da minha parte, já decidi: agora que estão na moda as greves, vou aderir! Contra o Braga, não vou ao estádio. E vou mandar um email à SAD (geral@portosad.pt ou angelino.ferreira@fcporto.pt) a informar disso mesmo: a minha ausência desse jogo deve-se apenas a GREVE por não concordar com a política seguida pela SAD no que toca à questão da equipa técnica ser mantida perante o descalabro que se assiste a cada jogo, tal como a orquestra do Titanic que continuava a tocar enquanto o barco afundava.

Revolução técnica, já!

FICHA DE JOGO

Olhanense-FC Porto, 0-0
Liga 2011/12, décima jornada
5 de Novembro de 2011
Estádio José Arcanjo, em Olhão
Assistência: 3275 espectadores

Árbitro: João Capela (Lisboa)
Assistentes: Ricardo Santos e Tiago Rocha

OLHANENSE: Fabiano Freitas; Mexer, Maurício, André Pinto e Ismaily; Cauê e Fernando Alexandre; Salvador Agra, Mateus e Nuno Piloto; Wilson Eduardo
Substituições: Mateus por Rui Duarte (68m), Wilson Eduardo por Ivanildo (81m) e Salvador Agra por Figueroa (90+2m)
Não utilizados: Ventura, Toy, Vitor Vinha e Dady
Treinador: Daúto Faquirá

FC PORTO: Helton; Maicon, Rolando, Mangala e Alvaro Pereira; Belluschi, Fernando e João Moutinho; Hulk, Kléber e James Rodriguez
Substituições: Kléber por Walter (58m), Belluschi por Defour (72m) e Fernando por Guarín (72m)
Não utilizados: Bracali, Varela, Alex Sandro e Otamendi
Treinador: Vítor Pereira

Disciplina: cartão amarelo a Maurício 4m, Fernando 30m, Rolando 33m, João Moutinho 56m, Salvador Agra 57m, Caue 90+2m

Ponto de Situação

10 vitórias, 4 empates, 3 derrotas
40 golos marcados, 15 golos sofridos

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